Hoje, 6 de maio, celebramos o Dia Mundial do Acordeão, um instrumento que pulsa com a alma dos povos e que há quase dois séculos marca presença na música tradicional, popular e até contemporânea. A data assinala o registo oficial do primeiro acordeão, em 1829, pelo austríaco Cyrill Demian, mudando para sempre a história da música mundial.


Para assinalar esta data, o Emissor Regional do Zêzere presta homenagem ao espaço ‘O Atelier do Acordeão ” situado mesmo à entrada de Ferreira do Zêzere, e ao seu proprietário – Leonel Carreira Rocha, conceituado Técnico de Acordeão. O Atelier do Acordeão é um espaço reconhecido como uma das melhores casas a nível mundial para afinação de acordeões e concertinas.

Leonel Rocha vive o acordeão também a cada nota que se solta por entre os dedos delicados a cada música que toca, em qualquer acordeão que passe nas suas mãos.



O Atelier do Acordeão recebe visitas de todo o mundo, ou por curiosidade, ou em busca de um acordeão ou simplesmente procurando uma solução técnica, e trabalho é o que não falta a Leonel.

O Emissor Regional do Zêzere esteve no Atelier do Acordeão onde entre outras curiosidades ficamos a saber que a construção de um acordeão leva ” nunca menos de 6 meses” segundo conta Leonel Rocha, a caminho dos 85 anos de idade que se apaixonou por este instrumento em Itália em 1966. Ouça aqui um pouco da nossa conversa fantástica com Leonel Carreira Rocha:

O Atelier do Acordeão, fez parte da obra ” Artes e ofícios tradicionais do concelho de Ferreira do Zêzere” da Fundação Maria Dias Ferreira e cuja entrevista pode ser visualizada no link https://www.facebook.com/share/p/1QrTSCjA2v/ .




Sabia que? Vitorino Matono era um grande mestre do acordeão e teve um papel de importância extrema no ensino em Portugal. Faleceu em Janeiro de 2019 e tinha com Leonel Rocha, uma amizade recíproca e de respeito um para com o outro. Vitorino Matono levou o acordeão para um patamar de reputação altíssimo e deixa-nos um legado de enorme qualidade no que toca a conhecimento e obras. Resta-nos agradecer o tanto que deu ao acordeão
Em Portugal, o acordeão encontrou terreno fértil nas danças populares, nas romarias e nas festas de aldeia, especialmente a partir do século XX. Com o seu som expressivo, tornou-se um símbolo vivo da cultura portuguesa, em especial no Algarve, onde permanece uma referência cultural até hoje.
Sendo o acordeão também marca dos costumes e tradições em Ferreira do Zêzere merecem também a ovação de hoje os acordeonistas Ferreirenses que sejam profissionais ou amadores todos eles se entregam de alma e coração quando tocam este instrumento.

Em baixo vemos alguns dos acordeonistas Ferreirenses como Júlio Vitorino, Márcio Cabral e Bruno Gomes ( atualmente Presidente da Câmara municipal de Ferreira do Zêzere) entre outras caras de renome nacional.

Hoje, recordamos que este não é apenas um instrumento: é uma extensão da identidade de muitos povos, e em particular do nosso. Ouça, sinta… e celebre a música!
Um agradecimento ao Senhor Leonel Carreira Rocha por ter recebido o ERZ neste que foi mais um dia normal de trabalho no Atelier do acordeão .