Entre 1 de janeiro e 24 de agosto de 2025, a Guarda Nacional Republicana (GNR) de Santarém registou 33 furtos de cortiça, com maior incidência nas áreas mais isoladas e de elevada densidade de montado .
Segundo os dados, Abrantes lidera o número de ocorrências, com 10 furtos, seguido por Coruche (7), Salvaterra de Magos (6), Almeirim (4), Chamusca (3) e com um caso cada em Tomar, Alpiarça e Santarém . Em comparação, no mesmo período de 2024, o distrito de Santarém era o mais afetado a nível nacional, com 74 furtos registados .
A GNR destaca que os grupos criminosos responsáveis recorrem, sobretudo, à extração direta da cortiça das árvores nas propriedades, método mais frequente apesar de mais trabalhoso. Em menor escala, regista-se o furto de cortiça já empilhada . Após a furto, a cortiça é geralmente triturada para dificultar a identificação, sendo então vendida a intermediários para produção de aglomerados, misturada com cortiça legal .
Para mitigar os furtos, a GNR tem intensificado o patrulhamento nas zonas afetadas, no âmbito da operação “Campo Seguro”, que inclui fiscalização, investigação criminal e vigilância rodoviária . Também recomenda aos produtores a adoção de medidas preventivas tais como:
instalação de alarmes e marcação da cortiça para facilitar a rastreabilidade;
controlo do acesso às propriedades;
cooperação entre vizinhos e produtores para alerta mútuo;
comunicação imediata às autoridades de locais de armazenamento ou de compra e transformação, sobretudo se a cortiça estiver empilhada em local de fácil acesso .
A denúncia de furtos é considerada essencial pela GNR, pois permite uma melhor priorização de recursos e apoio operacional nas áreas mais afetadas .
MT