A ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, afirmou esta terça-feira (29 de julho de 2025) que a contagem de meios aéreos no dispositivo de combate a incêndios florestais em Portugal é irrelevante, alegando que a verdadeira dificuldade está no terreno onde os fogos ocorrem.
Segundo a número dois do Ministério da Administração Interna, o país dispõe de 72 aeronaves — quando o dispositivo ideal seria de 79 —, mas apesar da lacuna, assegura que não há falta de meios .
Na sua avaliação, a gestão operacional e as condições do terreno tornam impertinente discutir a quantidade exata de aeronaves.A ministra reforçou que a complexidade das operações no terreno — nomeadamente na coordenação, na orografia, no tipo de vegetação e acessos — é o fator determinante para a eficácia da atuação aérea. Acrescentou que simplesmente conhecer o número exato de aeronaves disponíveis “não ajuda nada”.
Durante uma visita à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), acompanhada pelo primeiro-ministro, Amaral destacou a importância de focar os esforços na capacidade técnica do dispositivo e na coordenação das operações no terreno, em vez de centralizar o debate nos números dos meios disponíveis .
O comandante nacional de Proteção Civil explicou hoje que o êxito do combate aos incêndios depende da complementaridade entre meios aéreos e terrestres e admitiu que nenhum comandante está satisfeito com os meios que tem à disposição.