População denuncia graves irregularidades no processo de aprovação de aviário em Leiria

A população das freguesias de Monte Redondo e Coimbrão, no concelho de Leiria, manifestou forte oposição ao projeto de ampliação do aviário da Quinta de D. Dinis, denunciando o que considera serem “graves irregularidades no processo de aprovação” e alertando para riscos significativos à saúde pública, ao ambiente e à segurança local.

Em comunicado enviado ao Diário de Leiria, o movimento cívico Frente Unida de Monte Redondo e Coimbrão expressou a sua indignação perante a recente decisão da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), que emitiu uma Declaração de Impacte Ambiental favorável, ainda que condicionada, à ampliação da unidade avícola. A decisão foi recebida com surpresa pela Câmara Municipal de Leiria, uma vez que contraria o parecer técnico desfavorável emitido pelo próprio município durante a consulta pública promovida pela CCDRC.

O projeto prevê um aumento substancial da capacidade de produção do aviário, com a meta de atingir 4,6 milhões de frangos por ano — um crescimento estimado em cerca de 20 vezes. A população local teme impactos negativos na qualidade de vida, uma vez que a unidade se encontra a pouco mais de 500 metros dos núcleos habitacionais de Aroeira, Porto Longo e Coimbrão.

Com mais de 2.400 assinaturas recolhidas em menos de 15 dias, o movimento apela à transparência e ao respeito pelos direitos dos cidadãos. No comunicado, os representantes da Frente Unida consideram que a decisão da CCDRC representa uma “desconsideração total pelas vozes da população”, sublinhando que os pareceres técnicos da Junta de Freguesia, da Assembleia de Freguesia e da Câmara Municipal foram ignorados.

Entre os principais pontos de preocupação destacados estão os riscos para a saúde pública, o impacto ambiental insuficientemente abordado no Estudo de Impacte Ambiental (EIA), e o aumento do tráfego de veículos pesados. O movimento alerta ainda para o facto de a única via de acesso ao local passar junto a duas escolas e a uma zona comercial movimentada, o que poderá agravar os riscos para a segurança rodoviária e aumentar os níveis de ruído e poluição.

A Frente Unida reafirma o seu compromisso com a defesa da saúde pública, do ambiente e da participação democrática, apelando à intervenção urgente das autoridades competentes. Tanto o município de Leiria como o movimento já solicitaram reuniões com a presidente da CCDRC, com o objetivo de esclarecer a situação e exigir garantias de legalidade e transparência. “Continuaremos a mobilizar a comunidade e a exigir respeito pelos cidadãos. Apelamos a toda a população da região para não baixar a luta”, conclui o comunicado.

Imagem: DL

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