Num gesto de reconhecimento à mestria artesanal que atravessa séculos, a filigrana portuguesa deu um importante passo rumo ao reconhecimento internacional ao ser formalmente apresentada como candidata à Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO.
Num esforço conjunto dos municípios de Gondomar e da Póvoa de Lanhoso, estes concelhos, considerados os únicos centros de produção da técnica em Portugal, destacam a importância de salvaguardar esta “arte milenar de ourivesaria”, que combina finos fios de ouro e prata em rendilhados de grande beleza e complexidade, transformando-se num símbolo da excelência artesanal nacional .
Luís Filipe Araújo, presidente da Câmara de Gondomar, e Frederico Castro, da Póvoa de Lanhoso, defendem que a candidatura à UNESCO revela um compromisso com a valorização de um património cultural de “excecional importância” e presta homenagem ao trabalho acumulado de gerações de mestres filigraneiros .
A candidatura conjunta visa não apenas proteger, mas também promover e transmitir esta tradição às futuras gerações, reforçando a visibilidade da filigrana como expressão única da cultura e identidade nacional .
DN