O Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) divulgou ontem um balanço positivo da primeira semana das Provas de Monitorização das Aprendizagens (ModA), destinadas aos alunos dos 4.º e 6.º anos.
Segundo a tutela, as provas decorreram “dentro da normalidade e com tranquilidade”, apesar da greve de professores em curso e da realização dos exames em formato digital. O MECI reconheceu a existência de “falhas pontuais”, como problemas técnicos e logísticos, mas afirmou que as escolas conseguiram resolvê-las, permitindo a realização das provas conforme o previsto .Contudo, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) apresentou um panorama distinto, apontando diversas dificuldades na aplicação das provas. De acordo com um levantamento realizado em 175 escolas, em 30% das instituições do 1.º ciclo, a greve de professores impediu a realização das provas ModA. Além disso, 32,5% das escolas suspenderam aulas e outras atividades para viabilizar a aplicação dos exames .A Fenprof também destacou problemas técnicos recorrentes, como códigos de acesso inválidos, computadores inoperacionais e falhas de rede. Em casos extremos, as provas foram realizadas em corredores devido à inexistência de rede nas salas de aula. A organização sindical criticou ainda a falta de adaptações para alunos com necessidades específicas, como os disléxicos, que não tiveram acesso a ferramentas essenciais no formato digital das provas .As provas ModA, que decorrem até 6 de junho, não têm implicações na classificação interna dos alunos, na aprovação nas disciplinas nem na transição de ano. Entretanto, a Fenprof convocou uma greve a todas as tarefas relacionadas com estas provas, incluindo secretariado, vigilância e classificação .